GRIPE SUÍNA NA VOLTA ÀS AULAS

AS MÃES ESTÃO PREOCUPADAS COM A GRIPE SUÍNA NA VOLTA ÀS AULAS.O QUE FAZER?
Mães preocupadas com a gripe suína - Região dos Lagos

Escolas públicas mais de 11 milhões de crianças vão lotar salas de aula, ônibus escolares. As mães estão com medo da nova gripe.

Bebedouro.Como se prevenir?

“Esta medida é uma medida simples e bastante interessante, você usar o copo descartável e não ir diretamente com a sua boca no bebedouro. Se fosse com a boca diretamente lá, você pode estar contaminando o bocal do bebedouro e com isto o próximo pode se contaminar”, disse a infectologista do Hospital Emílio Ribas e da Pro-Matre, Rosana Richtmann.

Na sala de aula, cada aluno tem como vizinho um lugar vazio. “Todo mundo junto, fica todo mundo conversando. Agora é separado, não pode”, disse o estudante Vitor Alexandre Dias, de 14 anos.

Tem carteira sobrando porque a turma foi dividida. Um jeito de tentar evitar a transmissão da nova gripe. “Tem umas amigas, uns amigos meus lá na outra sala, só dá pra falar agora na hora do intervalo”, disse Luiza Mesquita, de 14 anos.

Na hora do lanche, esse calor humano pode ser uma fria. “Vocês sabem qual seria a distância que vocês teriam que manter um do outro pra não ter a transmissão direta do vírus? O vírus é um vírus pesado, não é um vírus que fica em suspensão no ar, então se você mantiver um metro de distância é o suficiente pra evitar este tipo de transmissão”, disse a infectologista Rosana.

Mas como eles não ficam longe um do outro por muito tempo, as escolas mandam abrir as janelas, ligar os ventiladores. E cada um com o seu lanche.

“Nós estamos vendo aqui que eles estão compartilhando o saco de batata e não sabemos se ele lavou as mãos. Se ele não fez isto e ele estiver com a mão contaminada, ele contamina o saco e o próximo que vem está se contaminando”, explicou a infectologista pedindo que não compartilhem alimentos.

Nem o dinheiro deve passar de mão em mão. Na cantina, a conta deve ficar pendurada. Os pais pagam depois. “Isto é muito bom, a medida é simples, é interessante, porque você vê que o dinheiro é uma coisa que vai nas mãos. Tudo que circula nas mãos das pessoas é ruim”, disse a médica.

Maçanetas, torneiras, tudo em que se põe a mão pode ser um ponto de contágio. Por isso, é essencial limpar as mãos. “Você não precisa necessariamente ir até a pia, passar água e sabão, o álcool gel é plenamente confiável”, disse Rosana.

Em outra escola, antes que os filhos voltem, as mães foram para a sala de aula aprender. “O transporte coletivo escolar, as crianças irem e voltarem de van, isto aumenta o contágio, precisa usar máscara?”, pergunta uma mãe.

“Na verdade, na maioria das vezes este trajeto é um trajeto que não é muito longo, ventila um pouco, porque cada vez que entra uma criança na van, abre a porta e ventila. Então, nós não recomendamos que use máscara. O mesmo vale para o transporte público, ônibus, metrô e outras situações”, explica a virologista da Unifesp Nancy Bellei.

“Estas medidas de ambiente ventilado, e a higienização das mãos é o suficiente pra ter um transporte seguro”, diz a doutora Rosana.

“Quando eu, como mãe, vou perceber se o meu filho está com uma gripe ou resfriado comum ou se é uma coisa mais complicada que eu tenho que levar ao médico?”, pergunta uma mãe.

“A gripe é mais intensa. A criança fica quente. Qualquer dúvida, você toma a temperatura”, explica Nancy.

Antes de sair de casa, um alerta! “Quando tem febre, pra gente evitar o contágio, a gente não manda pra escola. Cerca de 90% das crianças e dos adultos que estão com a nova gripe têm febre, então isto é um fator importante pra gente desconfiar”, diz Nancy.

“Em um quadro assim, se eu medicar meu filho antes com algum medicamento já conhecido, vai interferir alguma coisa se ele estiver com a gripe?”, indaga outra mãe.

“Olha, não tem problema usar os sintomáticos que algum dia o pediatra prescreveu. Mas você tem que ficar atenta, depois que passou a febre, voltou a febre, a criança ficou caidinha de novo? Tem que voltar pra avaliar”, indicou Nancy.

“Doutora Nancy, a chegada da primavera e do verão vai melhorar a propagação do vírus?”, questiona uma mãe.

“É, a gente espera que sim. Quando a temperatura esquenta um pouco, diminui a transmissão do vírus. E também, como a gente já teve uma grande parte da população afetada, tende a diminuir a curva do número de novos casos”, respondeu Nancy.

“Nós já estamos diminuindo a cada semana, nós vamos ter um número menor de casos e eu diria que é razoável que em seis a oito semanas a epidemia acabe”, acredita o epidemiologista da Universidade de São Paulo (USP), Marcelo Burattini.

Alguns estudos já sugerem que o H1N1 está sofrendo mutações e ficando menos perigoso, um mecanismo natural para que vírus não se autodestruam.

“Não é uma vantagem pra ele matar, do ponto de vista biológico, o vírus está interessado em reproduzir cópias dele mesmo”, disse o epidemiologista Eduardo Massad, da USP.

E atenção!

Outra coisa importante, evite usar toalha de pano, pois ela fica úmida e isso favorece o crescimento de bactérias e vírus”, indicou a doutora Rosana.


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